Família de homossexual morto confirma suicídio, Jean Wyllys havia acusado cristãos pelo crime
O rapaz foi encontrado morto em um viaduto no centro da capital paulista com o corpo desfigurado. Por conta dos machucados e de alguns depoimentos, a investigação começou a apontar para crime cometido por homofobia, já que o jovem era homossexual assumido.
Na casa de Kaique a polícia apreendeu um diário com mensagens de despedida à família. O rapaz também deixava mensagens de tristeza e problemas pessoas nas redes sociais.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo ele passava por uma decepção amorosa. “Foi um choque. Ele não apresentava sinais de depressão”, afirmou a cabeleireira Isabel Cristina Batista, mãe da vítima.
O advogado da família, Ademar Gomes, conseguiu imagens de câmeras de segurança que mostraram que Kaique estava sozinho a cerca de 50 metros do local onde foi encontrado morto.
“Ninguém estava perto dele. O garoto estava cambaleando, e exames mostram que ele havia bebido no dia, mas podemos concluir que não houve homicídio”, afirmou.
Deputado acusou cristãos pela morte de jovem
Cinco dias após a morte do jovem o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) escreveu um texto no Facebookacusando cristãos da morte do rapaz e defendendo leis como a extinta PL 122/2006.
Ao comentar os crimes contra homossexuais, o parlamentar chega a dizer que os agressores recitam trechos da Bíblia enquanto espancam e matam as vítimas.
“É claro que a violência é praticada por pessoas violentas e os agressores são responsáveis por seus atos, mas não é por acaso que as vítimas dessas agressões sejam, repetidamente, jovens homossexuais, e que muitas vezes as pancadas venham acompanhadas por citações bíblicas.”
Wyllys diz que a culpa dos crimes cometidos contra homossexuais não é da Bíblia, mas dos pastores que ele julga por “charlatões”.
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